tag:blogger.com,1999:blog-80826792353672029792024-03-13T08:25:24.516-10:00SAÍDA DE EMERGÊNCIAAlice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.comBlogger168125tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-26253709758574701762010-05-30T18:08:00.001-10:002010-05-30T18:14:35.107-10:00circo.Eu poderia te jogar janela abaixo nesse momento. Nesse em que o teu cigarro parece ser a forma mais pura e única de prazer. Eu poderia segurar os teus braços e pernas com golpes de luta que eu penso que luto e dominaria tudo que tu ainda guarda em ti. Tudo que sobra de ti. <br /><br />As poucas marcas que tu esqueceu de me deixar ainda se grudam no teu peito. <br /><br />Só me deixa parar de sangrar...<br /><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/NMNgbISmF4I&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/NMNgbISmF4I&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-16666968789736798302010-05-23T19:12:00.002-10:002010-05-23T19:17:07.705-10:00qualquer coincidência é mera coincidência.Se conheceram no cursinho e matavam aula pra jogar poker. Apostavam maços de cigarro, alguns cds raros e vez que outra uns beijos tímidos na porta do banheiro. Ele costumava escrever sobre como ela matava seu coração aos poucos. Tinha o habito de beber sozinho ou com uma dupla de amigos. Raramente saia do apartamento. Voltava com uma garrafa de vinho (quando ela ia) e uns pacotes de miojo. Tentou terapia mas só deu certo quando ele aceitou o amor. <br />(...)<br />1m76. órfão de pai depois que a mãe morreu em um acidente trágico. Virou ator pra descarregar a raiva e a carência. Também pra tocar a coxa de algumas meninas nos alongamentos dos ensaios. Desde a última namorada andava rolando impotentemente por camas cheirando a incenso de rosas. Só a dela que cheirava a limão siciliano. Depois de poucos anos, casou de forma instantânea com uma professora de teatro que já espera sua primeira filha. A garotinha vai ter o nome dela.<br />(...)<br />Canhoto, segurava o violão com a mão esquerda. Sorria maliciosamente, pelo canto da boca, ao entoar os primeiros acordes de o último romance. Carregava um sotaque nômade vindo da mãe mineira e do pai gaúcho. Viciou-se em tapioca depois de dois anos morando na Bahia. Falava de cinema e de literatura. Tocava todos os instrumentos existentes. A deixou por uma menina mais baixa. E que gostava de Godard.<br />(...)<br />Tinha os olhos mais verdes da rua. Ela pode notar assim que entraram os primeiros raios de sol no quarto úmido. Ele falava manso e a chamava de flor. Gastava a bolsa de pesquisa em cachaça barata, geralmente de cravo e canela – a canela limpa a garganta - repetia sempre. Costumava engavetar dezenas de projetos capengas (pra salvar o meio ambiente) que não eram realizados por excesso de noitadas. Um dia jogou tudo fora. Fazia dois anos que mãe não mexia ali. <br />(...)<br />Gostava de música brega e andava de bicicleta. Variava a barba toda a semana. Só o bigode que permanecia sempre intacto. Desistiu de chamá-la de linda desde que ela cobrou uma dúzia de carinhos sinceros. Matava a larica com massa aos quatro queijos. Vez que outra misturava brócolis refogado ou sardinha em conserva. Jurava que não fazia questão de dormir com o travesseiro mais alto. Agradeceu a sabe se lá que deus quando ela conseguiu sumir da sua vida. Diminuiria o chocolate. <br />(...)<br />Tinha dificuldade de usar calça e prender os cabelos. Assumira o papel de leoa mesmo não reinando nada. Sofria de alergia ao frio e passava dias ouvindo a mesma música. Era viciada em chocolate. Especialmente bombom de morango. Buscou ajuda em centro de umbanda, dançou salsa e tentou fazer as unhas toda à semana. Todo domingo sentia falta de um cafuné. daquele cafuné.<br /><br />Qual cafuné? <br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/F0pw1gpyytU&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/F0pw1gpyytU&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-22004314951189462712010-04-17T21:07:00.001-10:002010-04-17T21:07:46.085-10:00semelodia.de tanto bater meu coração parou.Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-86156917060292528042010-04-07T18:03:00.001-10:002010-04-07T18:12:41.969-10:00dose de caio f.Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza, deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és…Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-16071466918472343052010-03-26T05:23:00.003-10:002010-03-26T05:28:41.404-10:00me gustas tu.teu cheiro.<br />impregnando.<br />meu coração.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vyZb79aS2pQ&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/vyZb79aS2pQ&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-36678311957572734412010-03-24T18:59:00.001-10:002010-03-24T19:09:11.952-10:00no te va gustar.Tu me disse uma vez que me faria uma serenata. Mas disse também que não era pra eu esperar por ela. Eu esperei. E ela não veio. Assim como não vieram milhares de outras promessas que por vezes fazíamos com os olhos, sob a penumbra de velas, ao som de hendrix. No teu quarto. Tão perto. É incrível como agora ele parece distante. Nunca mais nos cruzamos pelas calçadas que tantas vezes dançávamos embriagados por um sentimento desconhecido. Tanto em mim quanto em ti. Eu sei que tu tentou. Ao maximo. Que tu, por varias vezes, abandonou teus vícios mais sujos. Por mim. E um pouco por ti também. Mas agora parece que nada disso vale mais. Não consigo lembrar nem da tua voz direito. Tu lembra do meu gemido? Tu lembra da minha cara de felicidade quando te via de longe. Cara, que merda isso de simplesmente sumir. De morrer pro outro. Mas pensando bem, a gente nasce pra outro alguém. E depois morre de novo. E o ciclo continua como esses teus vícios que eu sei que ainda te assombram. Sei lá. Eu só não tava conseguindo dormir e de repente te senti próximo. Deve ter sido engano do meu coração. Ele já bate lento por outros rostos. Que hoje em dia me causam mais vontade que o teu. E se quer saber, eu sempre achei esse negocio de serenata meio brega.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/rYCDXMmcaqg&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/rYCDXMmcaqg&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-12836632198442215602010-03-23T19:29:00.001-10:002010-03-23T19:29:46.676-10:00...Te ver não é mais tão bacana quanto a semana passada.Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-76975281157703205172010-03-16T17:56:00.004-10:002010-03-16T18:31:07.877-10:00rapte-me.meu coração é como uma montanha russa desgovernada. <br />a qualquer momento ele sai do trilho <br />e explode.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/g633wMmEedM&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/g633wMmEedM&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-4445001645729430572010-03-15T17:28:00.003-10:002010-03-15T17:55:04.703-10:00do rabanete em conserva. e ah, de alguns baseados.Cheguei em casa com frio. A noite parecia chamar atenção das minissaias, que ainda despreocupadas giravam em pernas arriscadas. <br />Dentro da geladeira um pote de rabanetes em conserva me salta os olhos. O formato de um deles me lembra um coração. Por instantes penso na afirmação de uns dias atrás. Com a boca cheia soltei um desbocado: Não acredito no amor. <br />Mas hoje, olhando pro rabanete e o vendo despedaçado por um garfo de cabo verde me dei conta que não só acredito no amor, como também vivo dele. <br />Cara, nada supera o amor. Sentir o peito formigar depois de uma ânsia de vomito de longos cinco segundos. Nada. E é por isso que eu amo sempre. Ou pelo menos tento amar. O tempo, com eu já devo ter dito alguma vez aqui, é totalmente irrelevante.<br />É assim. Aquela história do trem que vem de surpresa e nos pega desprevenidos na estação. Tentamos argumentar, lutar, mas nada segura. E no final das contas tudo acaba indo pro inferno e a gente pula no trem. E só se da conta de que foi quando o amor acaba.<br />Mas enquanto ele ainda ensaia e apita de longe, a gente separa o rabanete pra que ele realmente se transforme em coração.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/01X8z42_9_U&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/01X8z42_9_U&hl=pt_BR&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-26601072571046495342010-02-18T15:53:00.000-10:002010-02-18T15:54:47.427-10:00Deu as férias.O quarto. não, não. Esse não é meu. O apartamento muito menos. Talvez nem mesmo essas palavras ainda permaneçam em mim. Acho que depois de sentidas elas conseguem uma espécie de força sobrenatural e simplesmente escapam. Por entre os dedos me escorre essa euforia meio drogada que me segue tem uns dias. O coração varrido. Limpo e esfregado de cabo a rabo. Os demônios? Todos eles foram dopados e agora dormem estirados em terraços, pontas de catedrais e filmes de terror. Me deixaram dormir por um tempo. Se bem que é agora que me sinto acordada. Desperta soaria melhor mesmo não sendo totalmente verdade. Sinto me como abrindo os olhos. A coluna ficando ereta. Vejo os meus peitos mais arredondados no sutien que não foi tirado a tempo. Me dou conta que realmente o quarto não me é conhecido. Resolvo levantar, abrir as janelas e deixar entrar o ar desse não lugar que tem habitado meu pensamento. Já é hora de buscar os demônios. <br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_hUvbCnhJ30&hl=es_ES&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_hUvbCnhJ30&hl=es_ES&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-39639227248445688092010-01-06T14:17:00.000-10:002010-01-08T08:58:22.249-10:00é da chuva que não para.Chove agora. As coisas não estão no lugar. <br />E isso é claro pra mim. <br />Talvez seja isso que me deixe mais triste. <br />Não é o fato de a minha boca estar longe da tua. <br />Mas sim, por mais uma vez, eu ter de abaixar a cabeça pro amor. <br />Eu sinto como se eu estendesse os braços e dissesse: <br />Me rendo! <br />Leva tudo. Meu coração, meu ego, tuas marcas no meu peito. <br />Vai! Leva! <br />Não quero as nossas fotos nem esse cheiro do teu sexo me rondando. <br />Queria-te inteiramente como éramos. <br />Tira essa tua personalidade suja daqui. <br />Essa que me ameaça e me descuida.<br />O mais incrível é como tu consegue encostar a faca no meu pescoço e despertar os sentimentos mais ambíguos. <br />Alguém já se sentiu ambíguo? <br />Dividido? <br />bem e mal. <br />rancor e carinho. <br />amor e ódio. <br />Se bem que amor e ódio entram na mesma barca. <br />O oposto do amor é o não sentir. <br />É o afastar. O esquecer. <br />Acho que taí o meu medo. <br />Que tu me esqueça. <br />A cor da minha calcinha predileta. O arrepio do meu beijo na tua orelha. <br />O meu nome. <br />Tu já pensou se tu esquece meu nome? <br />Acho que eu preferiria esquecer antes. <br />Eu queria abduzir a tua presença do meu mundo.<br />Mas agora parece que meu ódio ta na mesma linha tênue do meu amor.<br />E talvez eu só quisesse o teu abraço molhado da chuva.<br />Mas isso tu nunca faria. <br />É por isso que termino esse texto aqui.<br />E não aí. <br /><br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/m8VUrrHidEw&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/m8VUrrHidEw&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-53869671597490240602010-01-03T13:58:00.000-10:002010-01-05T17:57:26.833-10:00na (vida) da de eu.Estar junto e não estar. Seguir o ritmo da respiração do outro lado da lua. Lembrar do riso do riso do riso. Sentir o gosto da lágrima. Engolir e vomitar o soluço do choro. Amar o que não se tem. Ou o que se tem em pensamento. Pensar em ti é fantasiar tudo o que se podia ter. Engraçado é aceitar a escolha de se estar distante. Diria que é a tua fraqueza. O medo do desconhecido, de enfrentar as próprias loucuras espelhadas no meu olhar. Sempre penso em ti assim, como um objeto livre de amarras, amarrado no egoísmo de outras histórias. Meu amor errante, distante. Que permanecemos assim, fingindo um ponto final.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tS3IkWfqtMw&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tS3IkWfqtMw&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-80334295027483193362009-12-11T19:51:00.000-10:002009-12-12T06:37:47.398-10:00EU.Chego à última estação. Nas mãos uma mala vazia, pronta pra carregar o caminho dentro dela. No único bolso da saia comprida há um maço de cigarros, uma caneta azul e outra vermelha. Há também um pequeno bloco de notas. Mesmo sem saber, uma das folhas carrega uma pétala seca de uma flor antiga. Sinto os olhos embaçados. O pó que sobe dos trilhos se mistura com as lágrimas já sólidas que insistem em permanecer presas a mim. Estou só. Não há música, nem conversas inoportunas. Não há choro de criança. Levo comigo apenas uma trilha sonora. A voz conhecida da minha mãe dizendo pra ter cuidado. Que ela, assim como o meu pai, estariam ansiosos esperando a minha volta. Olho pra trás e te vejo me abanando. Reconheço tua estatura, mas não enxergo os teus olhos. Estão umedecidos do vento que corta o ambiente. O silencio perturbador é interrompido pelo barulho do trem. Sinto as mãos geladas. O peito apertado da espera angustia o coração. As portas abrem. Não há ninguém lá dentro. Ninguém pra me puxar, nem pra me dizer se a viagem será longa ou dolorida. Tu te aproxima e estende a mão. Quase largo a mala no chão pra me atirar nos teus braços. Vejo mais uma vez o interior do vagão vazio. Quando te procuro de volta não há mais nada. Sinto que é a hora e que nada mais pode ser feito. Um pé atrás do outro. Me sento perto da janela pra que a sensação claustrofobica de entrar pra dentro de mim seja amenizada. O motor é ligado e consigo sentir as rodas dando as primeiras movimentadas. A plataforma, antes cinzenta e solitária, se modifica. Estão todos ali. Todos me acenam felizes. Até o teu olhar ta feliz. Aperto a mala contra o peito e já a sinto mais pesada. O trem toma velocidade e eu me afogo em um choro compulsivo. Choro de liberdade. Eu me libertando de mim mesma. As minhas mãos aquecem e o coração acalma. E não é que é apenas o inicio...<br /><br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5tQ0dbP1DI4&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/5tQ0dbP1DI4&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-64115280656192076812009-12-11T07:10:00.000-10:002009-12-11T07:11:17.038-10:00fera ferida.Eu vou te contar que você não me conhece<br />E eu tenho que gritar isso<br />Porque você está surdo e não me ouve<br />A sedução me escraviza a você<br />Ao fim de tudo você permanece comigo<br />Mas preso ao que eu criei e não amei<br />E não a mim<br />E quanto mais falo sobre a verdade inteira<br />Um abismo maior nos separa<br />Você não tem um nome e eu tenho<br />Você é rosto na multidão<br />E eu sou o centro das atenções<br />Mas há mentira na aparência do que eu sou<br />E há mentira na aparência do que você é<br />Porque eu não sou o meu nome<br />E você não é ninguém<br />O jogo perigoso que eu pratico aqui<br />Busca chegar no limite possível de aproximação<br />Através da aceitação da distância<br />Ou do reconhecimento dela<br />Entre eu e você<br />Existe a notícia que nos separa<br />Eu quero que você me veja nu<br />Eu me dispo da notícia<br />E a minha nudez parada<br />Me denuncia e te espelha<br />Eu me dilato<br />Tu me relatas<br />Eu nos acuso e confesso por nós<br />Assim me livro das palavras<br />Com a as quais você me veste.<br /><br />[Fauzi Arap]<br /><br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/BDcFa16ZisY&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/BDcFa16ZisY&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-61906212369295673202009-12-08T02:46:00.000-10:002009-12-08T02:49:46.873-10:00Caio F.<em>Não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda.</em><br /><br />Só é forte quem consegue se mostrar fraco.<br /><br /><br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-7JVxE2SYxo&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/-7JVxE2SYxo&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-4303077656952446022009-12-06T15:56:00.000-10:002009-12-06T16:01:04.066-10:00hematomas. parte II.João largou a cachaça. Largou não. Trocou o vicio alcoólico por pacotes de bibs de banana. Passou a prestar atenção na família. Doou sua coleção de antiguidades a uma creche de crianças carentes. Dormia cedo e acordava cedo. Ao menos tentava. Seguidas manhãs ele se perdia pelos lençóis de Raquel. Esta, quando despertava do sono, cheirava toda a parte da cama que recebera o corpo de João. Trepava pelo nariz. Satisfazia-se só com a lembrança dos dois ali. <br /><br />Quando mais tarde se encontravam, dividiam suas peculiaridades. Não era mais apenas o sexo desprotegido e violento que prendia os dois. Havia algo novo. Algo que nenhum dos dois jamais havia experimentado. Aprenderam a lidar com o tempo e com o cotidiano. Descontruiram tudo. As paisagens, o romantismo, a tpm. <br /><br />Raquel passou a beber mais e a fumar. João começou a se achar gordo. Acabaram por trocar as casas, as malas e os sonhos. Descobriram novas brincadeiras, experimentaram novas posições para que Raquel gozasse, juraram fidelidade diária. Secretamente, ele fingia dormir, apenas pra ficar mais tempo olhando pros cabelos dela, sempre cheirosos, abraçados no travesseiro. Ela, por sua vez, gostava de raspar as unhas sobre as costas nuas dele. Escrevia nelas tudo o que queria dizer e não tinha coragem.<br /><br />Os dois aprenderam a não discutir. O silencio era confortante. A fala depois do vácuo, o beijo depois da distancia e o abraço depois do choro, fazia cada segundo valer a pena. <br /><br />Na cama? Bom, acho que já falei.<br /><br />Eram dois despudorados.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-O7PnvVgQvA&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/-O7PnvVgQvA&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-16648106906069613642009-12-01T16:56:00.000-10:002009-12-01T17:07:10.281-10:00Leminski`s do dia. Ou da noite.a noite - enorme<br />tudo dorme<br />menos teu nome.<br /><br /><br /><object width="320"height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/wb4RauhteFA&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/wb4RauhteFA&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object><br /><br /><br />Apagar-me <br />diluir-me <br />desmanchar-me <br />até que depois <br />de mim <br />de nós <br />de tudo <br />não reste mais <br />que o charme.Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-34012089956715428452009-11-23T16:44:00.000-10:002010-01-10T16:22:05.621-10:00pra te encontrar aqui.Caralho. Eu quebrei a porra da letra v do meu teclado. O ctrl v fica inutilizado e eu só consigo copiar. O colar perde todo o sentido. Além disso, coloquei um incenso forte aqui no quarto pra não ter perigo da minha mãe sentir o cheiro do cigarro, já que tu, meu álibi, se afundou nas tarefas universitárias e esqueceu que eu precisava saciar minhas vontades no teu corpo. Passo o fim da noite escutando músicas de mulherzinhas do passado. Destinys Child, Cristina Aguilera, Toni Braxton, TLC, Spice Girls e por ai vai. Chega a ser engraçado. Eu aqui, pensando em explodir de excitação, paixão, tesão e tu ali, na tua introspecção caótica, submerso na luz do teu quarto que me reflete na janela. Ai eu fico olhando o cinzeiro enquanto seu conteúdo aumenta, falando com meninos que acham que me conhecem e tentam ganhar um pouquinho de atenção falando de cinema e teatro e música e me convidam pra visitar suas casas e eu nego porque era contigo que eu queria estar. Será que é muito difícil entender que eu ando de peito aberto, sangrando toda minha paixão e que quando eu gosto, eu me atiro no trilho descarrilado e só paro depois de atropelar centenas de vidas. Eu gosto disso. De viver intensamente as relações. Porque eu não sei quando pode vir um novo trem. Tu sabe que eu estou sempre de malas prontas nas estações. E mesmo que eu trema as pernas, sempre sou impulsionada a novidade. Deve ser por isso que achei bom tu ter “esquecido” de dizer que estaria cansado demais pra vir até aqui. Me fez refletir sobre a grandeza da solidão. E garoto, ela é imensa. Tão imensa quanto o medo. Esse que tu sente quando teu olhar se cruza com o meu por mais de 30 segundos. <em>escrever me ressucita. só morro mesmo de amor.*</em><br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5tmRem9WNMg&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/5tmRem9WNMg&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object><br /><br />*Fabrício Carpinejar.Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-33015320756483088082009-11-18T18:27:00.000-10:002009-11-18T18:32:59.622-10:00quando é bom a gente fala.Hoje foi um dia inusitado. Decidida, comprei um livro. Maravilhoso. Fui convidada pra ser atriz de um VT de lubrificante. Dormi por 40 minutos no ônibus. É quase inaceitável o tempo que o T9 roda pela cidade. Comprei um doce delicia. Encontrei velhos amigos. Conheci um novo terapeuta e chorei falando da vida. Dancei na chuva. Pensei em ti mais do que eu gostaria. Vi uma peça linda. Chorei ouvindo Billie Holiday. Pensei em ti um pouco mais e lacrimejei meu orgulho ao ti ver tão lindo. Ou te imaginar tão lindo. Passei o dia vestida como uma colegial londrina. Fumei mais do que eu gostaria. Comprei uma passagem por 5 euros de Paris pra Barcelona. Escutei Belchior sem parar. Pensei em voar pelo vento e encontrar uma nova razão de vida em um lugar bem diferente. Vi um menino no ônibus. Ele usava um aparelho, acredito eu, para segurar a coluna. Sua camiseta tinha a silhueta do rosto do Bukowsky desenhada a mão. Afude pra caralho. Sinto sono e carrego nos ombros os pequenos prazeres que a vida oferece de abraço aberto. É bom registrar. <br /><br /><em>Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza<br />Deixemos de coisa, cuidemos da vida.</em><br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/lNHcVPH4lxQ&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/lNHcVPH4lxQ&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-63196011007346236802009-11-16T15:16:00.000-10:002009-11-16T15:18:15.527-10:00o seu olhar me olha.O seu olhar melhora o meu.Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-44585300466315846162009-11-12T14:23:00.000-10:002009-11-12T14:29:34.590-10:00Teu caminhão atolou na minha areia.Sou volúvel mesmo. Carrego o mundo nos ombros. Sou gulosa. Desastrada. Carinhosa, com os que se permitem aproximar. Nao me acho bonita. Me acho sexy. Acreditem: isso é muito melhor. Desaprendi como se dorme em cama de solteiro. Abro pequenas exceções. Sou intensa e indiscreta. Tenho poucos vícios. Chocolate, sexo, fumaça, vestidos, cinema. Meu corpo é frágil embora eu quase nunca fique doente. Tenho uns pequenos tremiliques, de vez em quando. Acham que pode ser neurológico, espiritual ou apenas frio. Pra mim é amor demais. Por tudo. Me acho bastante inteligente, porém preguiçosa. Poucas pessoas seguram a minha fidelidade. É que eu sei o que eu quero. Quero ser o que tu quer. Agüenta?<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/YvsPBvxv5ng&hl=pt_BR&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/YvsPBvxv5ng&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object><br /><br /><br />"somos arquietípicos,<br />ridículos, etéreos <br />e nunca comuns.<br />comuns são os casais,<br />nós não somos nada."<br /><br />Fernanda YoungAlice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-16653598716784508262009-11-03T14:46:00.001-10:002009-11-03T15:17:51.709-10:00caixa de cartas #2Oi. Oi não. Boa noite. Boa noite de chuva. Acabei de chegar em casa. Eu disse que eu não fumaria mais durante o dia, né? Pois é. Ainda não consigo controlar meus impulsos e nossa, vou te dizer: Nada como uma tarde chuvosa. Vim da casa do paulista. Eu já te falei sobre a casa dele? Parece que ele coleciona quinquilharias de todos os tipos. O quarto dele tem uma luz vermelha que penetra o corpo e desperta aquele meu lado que tu conhece melhor que ninguém. Acho que eu te escrevo querendo que tu me escute. Eu escuto Arnaldo Antunes e seguro a minha cabeça pra que ela não caia pra trás e pese o meu corpo ao encontro do colchão. É estranho essa coisa de estar perto e longe ao mesmo tempo – essa saudade de estar perto se longe, de estar mais perto se perto- . É como uma vertigem, um oásis, um teto de shiva. Acabei com um pote de uvas verdes sem caroço enquanto olhava as nossas fotos. Fiquei intrigada com a força que sai dos meus olhos enquanto te olhava. Tu gosta de uvas verdes? Engraçado eu ainda não saber isso, mas acho que nunca tivemos uma oportunidade para comermos uvas juntos. Mudando de assunto. Eu tava falando com a Ju e ela me falou sobre uma peça que estava em cartaz no rio de janeiro. Gostei do nome: Maquina de Abraços. Hoje era um dia que queria uma maquina dos teus abraços. Queria teu cheiro, tua saliva, teu avesso todo. Entendo que a faculdade seja importante. Importantíssima. Logo, me contento a te escrever. Pensando bem. É bom ter vontade. Estimula a imaginação. Algo talvez não muito necessário nas minhas condições atuais, mas, né. Enfim, vou tomar um banho, passar aquele perfume de limão, colocar uma calcinha preta e dançar na janela. <br /><br />Estuda bastante. O entorno do tempo é o que o torna interessante.<br /><br />Te beijo. Daquele jeito.<br /><br />A.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/L30T0ExD-As&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/L30T0ExD-As&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-19472240701602568502009-10-25T15:26:00.000-10:002009-10-25T16:03:41.338-10:00caixa de cartas #1Volto a te escrever. Tentei algo em prosa e o que saiu foi um moralismo falso de quem tenta poetizar as (dores). Eu sei que tu me avisou, mas sinceramente, ainda não consigo entender essa de coisa de celibato emocional. Me soa falso. Coisa de gente aterrada. Subterrada. Não tô dizendo que tu seja assim. Tu é simplesmente conformado. Foi por isso que tu me despistou da tua vida, né? Eu era uma cachoeira e tu um cascalho. Mas enfim, não escrevo pra falar de nós. Quero falar de mim. De como eu quero sempre tanto e de como é difícil encontrar alguém tão, tão, tão... inadjetivado. Pois é, não sei explicar. Mas às vezes eu acho que eu exijo demais de todo mundo. Tu me disse, uma vez, que eu não podia cobrar o meu reflexo nos outros. Cumpro com os pés juntos e te reafirmo que eu aprendi. Não pressiono, não corro. Escabelo o meu coração mas fico na minha. O que vier é alegria. E eu fico alegre. Te lembra quando tu falou que eu não devia chorar na frente de homem? Pois, bem. Isso eu não cumpri. Mas pelo que senti, diferente de ti, ele não agrediu os meus olhos. escondeu o nervosismo com umas risadas simpáticas.<br /><br />Bom, hoje é domingo. A gente costumava se falar aos domingos. Era o dia que tu entrava no computador a noite. Tu não entra mais e eu sei que é por conta dela. Eu fico feliz. Te juro. Tu sempre teve facilidade em encontrar pessoas estáveis. Tirando eu, claro. <br /><br />Vou acabar por aqui, colocar alguma coisa nesse meu estômago dolorido e tentar dormir. Quando outra coisa entornar ou explodir eu te encaminho. <br /><br />Cuida das tuas costas.<br /><br />A.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/JLt8du_5jb4&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/JLt8du_5jb4&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-53681846538594508052009-10-15T17:16:00.001-10:002009-10-16T03:17:49.017-10:00carta para Caio F.Caio,<br /><br />Recebi as tuas cartas. Confesso que é intrigante a forma indivisível com que tu separas as palavras. Senti-me mergulhada. Mergulhada não. Afogada nos teus contra(versos). Engraçado é que eu consegui idiotizar todas as sobras que ainda beiravam meu corpo. Sabe Caio, ontem eu gozei como há muito tempo eu não gozava. Te ler, hoje, foi como apalpar todo essa energia tântrica. Sei lá, eu sei que tu acredita nessas coisas: Hemisfério sul, cannabis, Caetano, paz, amor e sexo. Achei que tu ia gostar de saber que eu to me endireitando. Endireitar?. Parece frase de professora primária. E eu sei que tu nunca gostou desse tipo de mulher que baba demais. Acho que é renovar. Transcender. Romper barreiras. Enfim. Com te combinar os ouvidos. O fato é que não dói mais pra respirar. Sim, tu tem razão, ainda sinto o pulmão ao ver maços de cigarro caminhando vazios pelas minhas gavetas. Mas hoje em dia fumar me é uma condição vital. Ah, eu esqueci de contar que ele fuma? Pois bem: ele fuma. Muito mais do que tu. Ele também não gosta de professoras primárias. Ele gosta de meias brancas e calcinhas pretas. Eu digo isso só pra ti, Caio. Acho necessário, saudável e extremamente justo. Afinal, tínhamos um combinado. Só me apaixonaria no momento em que tu te apaixonasse também. Mas agora? Fazer o que? Te faço engolir as perguntas depois de vomitá-las. Tu sempre soube que não seriamos apenas nós dois pra sempre. Agora sinto a cama cheia. E se te deixa mais tranqüilo, sigo tudo o que me disseste. Vou vivendo. Me bordando com essas ilusões bobinhas da vida moderna. É bom. Se não, pelo menos é confortante. Essa coisa de deixar o acaso agir. É genial. Mas meu bem, vou ficando por aqui. Se tu te alonga, eu nos encurto. Eu to bem. Se é isso que importa. Muito bem. Meu sorriso anda colando no rosto, meu corpo transborda um soro meio vermelho. Tem haver com aquilo de viver intensamente.<br /><br /><br />Te cuida. Enamora esse teu coração. Onde quer que tu esteja.<br />Te vejo no fim da perspectiva do meu horizonte.<br /><br />Te aperto e te amoro.<br /><br />A.Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8082679235367202979.post-67016279990610280292009-10-10T15:19:00.000-10:002009-10-10T15:23:24.982-10:00da mancha na blusa.ando preferindo as amoras aos amores.<br /><br /><br />deve ser culpa da primavera.<br /><br /><object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tLs_U394kq8&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tLs_U394kq8&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Alice C.http://www.blogger.com/profile/03526560139537256033noreply@blogger.com1