26 de mar. de 2010

me gustas tu.

teu cheiro.
impregnando.
meu coração.

24 de mar. de 2010

no te va gustar.

Tu me disse uma vez que me faria uma serenata. Mas disse também que não era pra eu esperar por ela. Eu esperei. E ela não veio. Assim como não vieram milhares de outras promessas que por vezes fazíamos com os olhos, sob a penumbra de velas, ao som de hendrix. No teu quarto. Tão perto. É incrível como agora ele parece distante. Nunca mais nos cruzamos pelas calçadas que tantas vezes dançávamos embriagados por um sentimento desconhecido. Tanto em mim quanto em ti. Eu sei que tu tentou. Ao maximo. Que tu, por varias vezes, abandonou teus vícios mais sujos. Por mim. E um pouco por ti também. Mas agora parece que nada disso vale mais. Não consigo lembrar nem da tua voz direito. Tu lembra do meu gemido? Tu lembra da minha cara de felicidade quando te via de longe. Cara, que merda isso de simplesmente sumir. De morrer pro outro. Mas pensando bem, a gente nasce pra outro alguém. E depois morre de novo. E o ciclo continua como esses teus vícios que eu sei que ainda te assombram. Sei lá. Eu só não tava conseguindo dormir e de repente te senti próximo. Deve ter sido engano do meu coração. Ele já bate lento por outros rostos. Que hoje em dia me causam mais vontade que o teu. E se quer saber, eu sempre achei esse negocio de serenata meio brega.

23 de mar. de 2010

...

Te ver não é mais tão bacana quanto a semana passada.

16 de mar. de 2010

rapte-me.

meu coração é como uma montanha russa desgovernada.
a qualquer momento ele sai do trilho
e explode.

15 de mar. de 2010

do rabanete em conserva. e ah, de alguns baseados.

Cheguei em casa com frio. A noite parecia chamar atenção das minissaias, que ainda despreocupadas giravam em pernas arriscadas.
Dentro da geladeira um pote de rabanetes em conserva me salta os olhos. O formato de um deles me lembra um coração. Por instantes penso na afirmação de uns dias atrás. Com a boca cheia soltei um desbocado: Não acredito no amor.
Mas hoje, olhando pro rabanete e o vendo despedaçado por um garfo de cabo verde me dei conta que não só acredito no amor, como também vivo dele.
Cara, nada supera o amor. Sentir o peito formigar depois de uma ânsia de vomito de longos cinco segundos. Nada. E é por isso que eu amo sempre. Ou pelo menos tento amar. O tempo, com eu já devo ter dito alguma vez aqui, é totalmente irrelevante.
É assim. Aquela história do trem que vem de surpresa e nos pega desprevenidos na estação. Tentamos argumentar, lutar, mas nada segura. E no final das contas tudo acaba indo pro inferno e a gente pula no trem. E só se da conta de que foi quando o amor acaba.
Mas enquanto ele ainda ensaia e apita de longe, a gente separa o rabanete pra que ele realmente se transforme em coração.