25 de jul. de 2009

Fake Plastic Trees

Passei o dia estupidamente tensa. O frio em excesso faz com que todas as partes do meu corpo se controaíam. O Brasil não é preparado para dias assim. As pessoas que moram nas esquinas tentam se esquivar da fome e acabam por morrer de frio. O vinho não da conta. Nem abraços dão conta. Muito menos esses momentos nostálgicos que andam surgindo em meio as minhas atividades de lazer. As músicas, os cheiros, as formas das árvores.

tu dizia que queria morar no alto. e sentir que era possivel caminhar em cima de seus galhos.

Tu acredita que eu te vi em outro rosto? Um alguém desconhecido que roubou tua face e teu jeito. Ou será que eu nunca soube quem tu era? Em que momento a trilha perdeu o ritmo? Quando foi que deixamos de ser nós mesmos? Alguma vez fomos nós mesmos? Eu me pergunto isso tudo porque faz tempo. E o tempo mal curado encomoda como o final de cada episódio dessas séries que estão por comer meu cérebro. A vontade de saber o próximo, o próximo e o próximo. O nosso próximo não existe mais, não é mesmo?

Ctrl Alt Del.Rápido. Só abrir um outro arquivo e salvar na área de trablho.

Na verdade, agora já nem importa mais. Quer dizer. Claro que importa. Ou eu não estaria escrevendo sobre isso. O que eu quero dizer é que não perderei mais tempo pensando em algo que talvez nunca tenha existido própriamente.
Deve ter sido fruto das nossas mentes criativas.

Se bem que pode ser também paranóia com a proximidade do meu aniversário. Crise dos 20 anos.

Não percam os próximos cápitulos...



BAIXEM RADIOHEAD!

21 de jul. de 2009

Ufa!

Meu relógio biólogico pifou. Como tem acontecido, despertei perto das duas e vinte e quatro. Não me dei o trabalho de sair da cama. Faltava um episódio pra terminar a primeira temporada do six feet under.

Meu mais novo vício. Esses seriados deviram vir com tarja preta. Talouco!

Resolvi me movimentar e fazer un exames na auto-escola - Sempre achei chamoso mulheres que dirigem. - Levantei da cama e o dia estava estranho. Pegajoso, molengo, sei lá. Parecia que o dia tinha tomado um porre e estava de ressaca.

Rastejei até o banho. Deixei a água cair. Tentei esquecer do caos do quarto, das montanhas de roupas, dos malditos emails.

Não me deixaram fazer a merda do exame psicotécnico porque eu esqueci a porcaria do comprovante de residencia. Caralho. Eu só teria que desenhar uma casa e um chão. E dizer que eu só bebo socialmente e não uso drogas. Putos, putos, putos.

A atmosfera do dia ainda me causava estranheza. Estava quente. Melhor, abafado. As pessoas estavam abafadas, cansadas.

Já estava perto da noite e eu ainda não tinha almocado. A Lari só chegaria do trabalho perto das sete horas. Rumei a lanchera. Caminhei ao som de los hermanos e observei. A senhora que parou na loja de artesanato e desejou a vitrine inteira. O guri sorridente que carregava um buquê de girassóis – ele era lindo. o buquê. O amarelo contrastava com o cinza do dia – e ele o carregava com tanto amor. fazia tempo que eu não sentia ciúmes.

Pedi um prensado com tomate. Um suco de maracujá. Não, não. Uma coca. Sim, uma coca. Não sei o que me deu. Pedi uma coca. Tirei o On the road da bolsa. Aquele livro, nesse dia estranho, fazia muito sentido. Esqueci do resto que passava em volta. Naquele momento só existia eu e os malucos caroneiros que rumavam o oeste. Sempre me arrependo do tomate. Voltei pro livro e pra vontade de pegar o primeiro onibus com destino a lugar nenhum.

Aquilo ali é literatura. Disse o rapaz da mesa ao lado. Com o dedo apontado pra minha mesa. Eu sorri. Ele também. Ele não era bonito. Acho que era o olhar. Ou a boca . Algo nele era misterioso. Comi o branquinho que já me esperava fazia um tempo, sorri mais uma vez para o intruso da mesa e fui embora.

O vento me dizia que viria tempestade. Aquele vento quente e úmido. A recomendacao era ficar em casa. Vento a 100km/h diziam no rádio. Fui ver uma peca no gasometro. Nada melhor que a beira de um rio a beira de uma tempestade.

Agora estou em casa. A chuva não chega. Só a janela que anuncia a ventania. Fico eu e o Jack. Penso em voar daqui.
Te encontrar na boca de um ciclone.

18 de jul. de 2009

Perdoa-me os erros, o cheiro de cigarro e a falsa sinceridade.

São quinze pras seis da manhã e eu acabei de mandar emails freneticamente pra marcar uns testes de elenco. Pensei em dormir mas a voz do Dylan me mantém acordada como uma daquelas drogas que agente gosta de tomar pra ver o mundo em cores psicodélicas.
O dia deve amanhecer em menos de uma hora mas essa chuva fina que cai desde o fim da tarde deve ofuscar um possível aparecimento do sol.
Passei a noite em uma festa com caras engraçados. Eles tentavam cantadas mal ensaiadas e a única coisa que conseguiam deixar era o bafo de whisky no meu ouvido. Faltou alguém que não dissese nada.
Acho que faltou tu.
Ou não. Essa altura da manhã não tem como achar muita coisa.
Minha mãe acabou de entrar no quarto. Não entendo como ela consegue acordar as oito pras seis da manhã. Ela pediu pra eu arrumar o quarto antes de dormir. Acho que só uma mãe pensa coisas desse tipo. Ela sabe que eu não vou arrumar. Essa bagunça faz parte de mim.
É o meu caos calmo.
Fumar um cigarro na janela foi a última idéia que me surgiu na cabeça. O vento frio me acordaria e eu poderia acompanhar o nascer do dia. Será que vale a pena? Sinceramente. Se eu tivesse só em pelo e pele e enrolada em ti, afastando o vento com o teu calor.
Talvez tudo valesse a pena.

(...)

fazia tempo que eu não...
chora...
é.
chorava.
bom.
bem bom.

12 de jul. de 2009

já nelas! vem tu.

Tive que fechar as janelas.

Está ventando por ai?

Fala de que ventania?

Daquelas que chegam no fim da noite e te desmontam.

(...)

Olha. Acho que não.

Então pra que fechar as janelas?

Tenho medo de ti.

Mas eu entraria pela porta.

Tu?
(...)
Pela porta?
(...)
Eu duvido.


No fundo ele tinha razão.

you're gonna lose that girl.

If you don't take her out tonight,
She's gonna change her mind
And I will take her out tonight,
And I will treat her kind.

10 de jul. de 2009

Im dancing with my self.

um pra lá.
dois pra cá.

8 de jul. de 2009

ressaca verbal.

putz.
putz.
putz.

5 de jul. de 2009

das coisas esquecidas no sono

Estréia amanhana(segunda).
"das coisas esquecidas no sono".
baseado em baseado de fatos reais.
Meu roteiro.
Minha direção.
Filme de uma galera mutcho louca.
Quem quiser.
19h.
Famecos/PUC.
Auditório.

Vive le cinéma.

1 de jul. de 2009

con junto de mim: em ti.

vem.
cadê tu. meu tu inventado, embolado, enroscado.
cadê meu principe destronado.
quero meu conto de fadas.
quero a antítese dele.
te quero diferente.
ao contrário.
não do que tu é.
mas sim do que somos.
seria simples.
vem.
te solta desse lugar nenhum.
ainda tem tempo de existirmos juntos.
conjunto.
eu grito.
vem.