15 de mar. de 2010

do rabanete em conserva. e ah, de alguns baseados.

Cheguei em casa com frio. A noite parecia chamar atenção das minissaias, que ainda despreocupadas giravam em pernas arriscadas.
Dentro da geladeira um pote de rabanetes em conserva me salta os olhos. O formato de um deles me lembra um coração. Por instantes penso na afirmação de uns dias atrás. Com a boca cheia soltei um desbocado: Não acredito no amor.
Mas hoje, olhando pro rabanete e o vendo despedaçado por um garfo de cabo verde me dei conta que não só acredito no amor, como também vivo dele.
Cara, nada supera o amor. Sentir o peito formigar depois de uma ânsia de vomito de longos cinco segundos. Nada. E é por isso que eu amo sempre. Ou pelo menos tento amar. O tempo, com eu já devo ter dito alguma vez aqui, é totalmente irrelevante.
É assim. Aquela história do trem que vem de surpresa e nos pega desprevenidos na estação. Tentamos argumentar, lutar, mas nada segura. E no final das contas tudo acaba indo pro inferno e a gente pula no trem. E só se da conta de que foi quando o amor acaba.
Mas enquanto ele ainda ensaia e apita de longe, a gente separa o rabanete pra que ele realmente se transforme em coração.

Um comentário:

Anônimo disse...

a melhor de janis joplin