24 de mar. de 2010

no te va gustar.

Tu me disse uma vez que me faria uma serenata. Mas disse também que não era pra eu esperar por ela. Eu esperei. E ela não veio. Assim como não vieram milhares de outras promessas que por vezes fazíamos com os olhos, sob a penumbra de velas, ao som de hendrix. No teu quarto. Tão perto. É incrível como agora ele parece distante. Nunca mais nos cruzamos pelas calçadas que tantas vezes dançávamos embriagados por um sentimento desconhecido. Tanto em mim quanto em ti. Eu sei que tu tentou. Ao maximo. Que tu, por varias vezes, abandonou teus vícios mais sujos. Por mim. E um pouco por ti também. Mas agora parece que nada disso vale mais. Não consigo lembrar nem da tua voz direito. Tu lembra do meu gemido? Tu lembra da minha cara de felicidade quando te via de longe. Cara, que merda isso de simplesmente sumir. De morrer pro outro. Mas pensando bem, a gente nasce pra outro alguém. E depois morre de novo. E o ciclo continua como esses teus vícios que eu sei que ainda te assombram. Sei lá. Eu só não tava conseguindo dormir e de repente te senti próximo. Deve ter sido engano do meu coração. Ele já bate lento por outros rostos. Que hoje em dia me causam mais vontade que o teu. E se quer saber, eu sempre achei esse negocio de serenata meio brega.

3 comentários:

Adriana Gehlen disse...

brega, mas gostoso.
ontem pronunciei um brega pra ele.
e ele - daooonde...


well
se é tu na foto, apaixonei.
linda escritora.

Não importa disse...

é tipo aquele: mimimi, eu nem queria mesmo! rss...

Unknown disse...

Nossa gosto de tudo que voce escreve, eu imagino isso no palco uma personagem, voce ja pensou nisso?