18 de fev. de 2010

Deu as férias.

O quarto. não, não. Esse não é meu. O apartamento muito menos. Talvez nem mesmo essas palavras ainda permaneçam em mim. Acho que depois de sentidas elas conseguem uma espécie de força sobrenatural e simplesmente escapam. Por entre os dedos me escorre essa euforia meio drogada que me segue tem uns dias. O coração varrido. Limpo e esfregado de cabo a rabo. Os demônios? Todos eles foram dopados e agora dormem estirados em terraços, pontas de catedrais e filmes de terror. Me deixaram dormir por um tempo. Se bem que é agora que me sinto acordada. Desperta soaria melhor mesmo não sendo totalmente verdade. Sinto me como abrindo os olhos. A coluna ficando ereta. Vejo os meus peitos mais arredondados no sutien que não foi tirado a tempo. Me dou conta que realmente o quarto não me é conhecido. Resolvo levantar, abrir as janelas e deixar entrar o ar desse não lugar que tem habitado meu pensamento. Já é hora de buscar os demônios.

2 comentários:

Everton Cosme disse...

Que maluco isso! Tua descrição é tanta que dá arrepios.

Uma mistura da sutileza do Gus Van Sant e a navalha na carne do Gaspar Noé.

Curti pra caramba!

miss_lioncourt disse...

amada, listen to the winds of change...vem pra ca? to precisando de uma dose de alice!