25 de ago. de 2008

Santo Antonio esq. Cristovão colombo

Ele me olhou como se entendesse tudo que passava na minha cabeça.
Ele entendia como eu queria comprar uma bergamota e como eu estava irritada pelo tio das bergamotas não estar na sua banquinha no momento que eu queria, ele sabia que eu não tava afim daquela aula e ele sacou também a minha chapadera.

Ele parou no orelhão tentou inutilmente uma ligação e meus olhos já não conseguiam mais sair dos dele.

O tio da bergamota chegou. Eu dei o dinheiro peguei as bergamotas e quando me dei conta ele tava me olhando pela última vez.

Depois disso ele seguiu seu rumo e eu o meu.

Cheguei a imaginar uma abordagem, um esbarrão, uma troca humilde de palavras.

Pura imaginação.

Acho que nunca mais o verei.

Foi bom. Por alguns segundos me senti a pessoa mais amada do mundo. Ninguém pode dizer que não.

Menino do orelhão, se um dia leres isso: Meu muito obrigada! Fizeste meu dia mais feliz.

Um comentário:

miss_lioncourt disse...

esses meninos de paradas de bus e orelhoes, sao quase como fantasmas sem nome e sem voz. eles vem pra te fazer ver melhor, olhar mais perto de ti mesma.
beijooos