23 de nov. de 2009

pra te encontrar aqui.

Caralho. Eu quebrei a porra da letra v do meu teclado. O ctrl v fica inutilizado e eu só consigo copiar. O colar perde todo o sentido. Além disso, coloquei um incenso forte aqui no quarto pra não ter perigo da minha mãe sentir o cheiro do cigarro, já que tu, meu álibi, se afundou nas tarefas universitárias e esqueceu que eu precisava saciar minhas vontades no teu corpo. Passo o fim da noite escutando músicas de mulherzinhas do passado. Destinys Child, Cristina Aguilera, Toni Braxton, TLC, Spice Girls e por ai vai. Chega a ser engraçado. Eu aqui, pensando em explodir de excitação, paixão, tesão e tu ali, na tua introspecção caótica, submerso na luz do teu quarto que me reflete na janela. Ai eu fico olhando o cinzeiro enquanto seu conteúdo aumenta, falando com meninos que acham que me conhecem e tentam ganhar um pouquinho de atenção falando de cinema e teatro e música e me convidam pra visitar suas casas e eu nego porque era contigo que eu queria estar. Será que é muito difícil entender que eu ando de peito aberto, sangrando toda minha paixão e que quando eu gosto, eu me atiro no trilho descarrilado e só paro depois de atropelar centenas de vidas. Eu gosto disso. De viver intensamente as relações. Porque eu não sei quando pode vir um novo trem. Tu sabe que eu estou sempre de malas prontas nas estações. E mesmo que eu trema as pernas, sempre sou impulsionada a novidade. Deve ser por isso que achei bom tu ter “esquecido” de dizer que estaria cansado demais pra vir até aqui. Me fez refletir sobre a grandeza da solidão. E garoto, ela é imensa. Tão imensa quanto o medo. Esse que tu sente quando teu olhar se cruza com o meu por mais de 30 segundos. escrever me ressucita. só morro mesmo de amor.*



*Fabrício Carpinejar.

6 comentários:

Everton Cosme disse...

Isso sim é ter um muso. E como é bom ter para quem escrever...

Julianna Dale Coutinho disse...

todos os nossos sentimentos em um só. meu eu do outro lado do espelho, meu tu, teu eu. me ajuda a fazer as malas?

petit disse...

querida
tiraste as palavras dos meus dedos
penso o mesmo
aia gente fica nesta solidão de espera,sentindo saudades.sem resposta p muitas coisas
e eis a conincidencia.esta musica da maria bethânia tá direto na mente
será qp a letra tema ver mesmo
caras q nos enlouquecem
eu.cheia de medos e sem entender.o inesperado
bjs

Anônimo disse...

Tirando a Bethânia, tá muito foda esse post Alice.

E a respeito do ctrl c e v, se for metáfora ou não, usa o mouse pô!

Beijo.

Adriana Gehlen disse...

oh god
que beleza

Unknown disse...

porque que de todo tempo ainda há pra dividir, antes de qualquer trem, bus ou atropelamento, me e tu te enconro(a) no surpreendido e mais no inusitado? Acho que esses são mais dois queridos que nos amarram, além dos que já sabemos e os que não dividimos, encontramos ou construimos.

Medo, ando tendo é dessa leitura empética de olhos.

Te beijo mais tarde...