A casa está em silêncio. Essa é uma das horas do dia que mais gosto. Todos dormem e eu fico acordada escutando os ruídos das portas batendo com o vento que entra pelas frestas da janela. De dentro do meu quarto eu fico imaginando o que as pessoas devem estar fazendo dentro de suas paredes.
Sinto meu corpo pesado, tomo um gole de chá e lembro do trabalho para a faculdade. Vejo alguns livros jogados ao lado da cama. Chega a ser engraçada a capacidade que eu tenho de me enganar. Todo mundo, que me conhece um pouquinho, sabe que eu nunca começaria um trabalho à uma da manhã de um domingo. Acho que só eu não sabia.
O barulho das portas é interrompido. Caetano Veloso. Ele sabe das coisas.
Sinto meu corpo mais quieto, mais calmo. À alguns 30 minutos átras minhas lágrimas se misturavam com a água que caia do chuveiro. Essas são as mesmas lágrimas que com frequência costumam aparecer no meio de madrugadas solitárias. Madrugadas como essa.
A única coisa que me da medo agora é se tu vai me deixar dormir. Se quando eu desligar o computador, abaixar a música e apagar a luz tu não invandirá meus pensamentos como fez com a minha vida.
Invadiu e bagunçou tudo.
Vou tentar começar o trabalho. Vou folhar umas cinco paginas de algum livro, piscar os olhos freneticamente até me dar conta que estou com sono. Desligarei a luz e ai...
Eu quero que você venha comigo.
Mas você não entende nada.
25 de ago. de 2008
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3 comentários:
hahahah
é verdade so tu acredita q vai fazer um travalho na madrugada de domingo!!heheheh
bom texto!!;)
e o dia que ele entender, tu ainda vai ta acordada?
lindo amada, beijos
ai, que ótimo esse tecto, lindo! me identifico contigo, tu explicou agora a razão das minhas insônias, a razão de eu acordar as seis e meia da manhã e por mais exausta que eu estiver não conseguir dormir no dia seguinte. baita alice, com palavras verdadeiras e esclarecedoras. :)
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