12 de jan. de 2009

Eu aqui e tu ai.

Hoje. Caminhando na rua encontrei aquele inscenso que tu gosta.
Sabe aquele com o cheiro doce? Que o original tem a capinha azul e o falsificado tem uma capinha meio marrom.
Aquele que tem o cheiro do teu quarto, sabe?
Pois então, eu tava caminhando na Borges e encontrei. Uma velinha, dessas bem velinha, tava vendendo. Quando eu pedi esse, ela olhou no fundo dos meus olhos como quem entendesse o porque daquele cheiro.
Sim, era o falsificado e eu comprei três caixas.
Cheguei em casa e ascendi.
O cheiro forte se espalhou por todos os cantos do meu quarto.
Derepente me vi ai dentro.
Dentro de ti.
Os cheiros se misturavam. O meu o teu e o do inscenso.
Minha mãe entra no quarto e o cheiro-delirio se transforma em cheiro-reclamação. O cheiro encomodava o resto da casa.
Eu desejava estar ai agora.
Fazer o que.
Eu tu e o inscenso.

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