18 de jul. de 2009

Perdoa-me os erros, o cheiro de cigarro e a falsa sinceridade.

São quinze pras seis da manhã e eu acabei de mandar emails freneticamente pra marcar uns testes de elenco. Pensei em dormir mas a voz do Dylan me mantém acordada como uma daquelas drogas que agente gosta de tomar pra ver o mundo em cores psicodélicas.
O dia deve amanhecer em menos de uma hora mas essa chuva fina que cai desde o fim da tarde deve ofuscar um possível aparecimento do sol.
Passei a noite em uma festa com caras engraçados. Eles tentavam cantadas mal ensaiadas e a única coisa que conseguiam deixar era o bafo de whisky no meu ouvido. Faltou alguém que não dissese nada.
Acho que faltou tu.
Ou não. Essa altura da manhã não tem como achar muita coisa.
Minha mãe acabou de entrar no quarto. Não entendo como ela consegue acordar as oito pras seis da manhã. Ela pediu pra eu arrumar o quarto antes de dormir. Acho que só uma mãe pensa coisas desse tipo. Ela sabe que eu não vou arrumar. Essa bagunça faz parte de mim.
É o meu caos calmo.
Fumar um cigarro na janela foi a última idéia que me surgiu na cabeça. O vento frio me acordaria e eu poderia acompanhar o nascer do dia. Será que vale a pena? Sinceramente. Se eu tivesse só em pelo e pele e enrolada em ti, afastando o vento com o teu calor.
Talvez tudo valesse a pena.

(...)

fazia tempo que eu não...
chora...
é.
chorava.
bom.
bem bom.

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