30 de out. de 2008

Sobre o dia que me vesti de ti-nta.

Foi rápido e indolor.
Do momento de tirar a roupa até ver mãos cheias de tinta deslizando sobre o meu corpo passou poucos segundos.
Naquele momento não tinha mais volta.
Eu iria sim, passar o resto da minha quarta feira nua.
Nua não.
Pintada.
E em frente as câmeras.


Nudez nenhuma me assustava tanto quanto estar perto dele.
Grudada nele.
Pensar que eu sentiria tudo de novo.
Sentiria o gosto do teu pescoço na minha língua.
Sentiria meu seio encostado em tuas costas.

Azar.
Profissionalismo era profissionalismo.




Acabou.
Esfreguei.
Lambi.
Gritei.
Comi corações.
Nada voltou.
6 meses virados em lembranças.


Nua, exposta a todos foi quando me senti mais protegida.
Mais livre.
De ti.

4 comentários:

Betânia Dutra disse...

ma-ra-vi-lho-so!!!!! sem palavras alice, simplismente adorei, simlesmente tu :)
beijo lucinda amada da minha vida!

Paula Martins disse...

as vezes é preciso nos despirmos de todas as nossas roupas, máscaras, conceitos e preconceitos para que possamos enfrentar os sentimentos que nos assombram.
os indios faziam exatamente como tu fez, antes de ir pra guerra.
fico feliz de saber que saisse vitoriosa =)
amei teu blog flor
beijo =)

S disse...

Faço minhas palavras as da paula.

Silvana Bronze disse...

Poxa moça! que fantásticas imagens!!!